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DIVÃ LITERÁRIO
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Renovo a lista semanalmente. Então passa sempre para conferir. Combinado?
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Confissões de uma Irmã de Cinderela
Indico a leitura de "Confissões de uma Irmã de Cinderela" de Gregory Maguire, por trazer uma perspectiva inovadora ao clássico conto de fadas, explorando a complexidade das "vilãs" e questionando estereótipos. A narrativa humaniza a irmã de Cinderela, revelando conflitos internos, pressões sociais e a busca por identidade em um mundo que valoriza apenas a perfeição. É uma reflexão ácida e atual sobre inveja, solidão feminina e a necessidade de se reinventar além dos rótulos — ideal para quem curte reviravoltas em histórias conhecidas!
Mar da Tranquilidade
Indico Mar da Tranquilidade, de Emily St. John Mandel, por sua habilidade em entrelçar histórias aparentemente desconexas em uma tapeçaria literária que explora a fragilidade e a resiliência humanas diante de catástrofes e da passagem do tempo. Com uma prosa poética e introspectiva, a autora navega entre séculos e realidades, conectando personagens marcantes — de uma pianista sobrevivente de uma pandemia no século XXI a um enigmático viajante temporal —, enquanto reflete sobre isolamento, esperança e os pequenos milagres do cotidiano. A narrativa, que mescla ficção especulativa, drama e um toque de mistério, convida o leitor a ponderar sobre como a busca por significado e conexão persiste mesmo em mundos despedaçados. É um livro que ressoa profundamente em um momento em que a humanidade enfrenta suas próprias incertezas, oferecendo, ao mesmo tempo, escapismo e um espelho emocionante de nossa própria condição.
Capitães da Areia
Indico Capitães da Areia, de Jorge Amado, por sua narrativa visceral e humanista que expõe as feridas sociais do Brasil com coragem e sensibilidade. A obra mergulha na vida dos meninos abandonados de Salvador, liderados pelo carismático Pedro Bala, retratando sua luta por sobrevivência, solidariedade e rebeldia em um mundo que os marginaliza. Jorge Amado constrói personagens inesquecíveis, cheios de sonhos e contradições, enquanto denuncia a injustiça e a desigualdade com uma prosa ao mesmo tempo poética e crua. É um livro que não apenas emociona, mas também provoca reflexões urgentes sobre infância, dignidade e as cicatrizes de uma sociedade que falha com seus mais vulneráveis. Uma leitura necessária, que ecoa até hoje como um grito de liberdade e um chamado à empatia.