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Anora: Quando o Corpo é um Cabaré e a Alma um Quarto Vazio
Ane, de Anora, é a contradição em salto alto: dança em cabarés de Brooklyn como se o corpo vendesse sonhos, mas a alma só acumula troco. Seu caso com um bilionário russo? Apenas mais um "salvador" que tropeça em promessas vazias. Sean Baker a mostra rindo da dor até o glitter escorrer — e no espelho, resta um rosto que nem ela reconhece. A tristeza? Está no cachorro-quente comido às 3h, quando percebe que a fome que sobra não é do estômago. Oscar ou não, Ane é um retrato de q

Eloina Santos
27 de abr.
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Narradores de Javé: Quando Contar Histórias é um Ato de Salvação
O filme expõe o embate entre tradição oral e progresso: os moradores de Javé inventam histórias para salvar o vilarejo da inundação, revelando como narrativas frágeis desafiam a "verdade" imposta pelo poder. A busca por um registro escrito ironiza a burocracia que silencia vozes marginais. A obra critica a violência do desenvolvimento e questiona: a história pertence aos que a vivem ou aos que a registram?

Eloina Santos
26 de abr.
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A Ghost Story: Quando o Tempo Nos Ensina a Respirar
O espectro preso à casa simboliza a fixação melancólica no objeto perdido (Lacan), repetindo traumas em loops eternos. A mortalha branca, véu entre consciente/inconsciente, expõe o luto como prisão: o desejo de reencontro é, paradoxalmente, a negação da morte. O tempo não-linear reflete a psique em luta — fragmentos de memória e angústias não elaboradas. O filme questiona: amar é apego ao que já foi Eu?

Eloina Santos
24 de abr.
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