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Coisas que Você Só Vê Quando Desacelera – e o que Bauman murmuraria ao pé do ouvido
Em um mundo acelerado, onde tudo se desfaz na velocidade das notificações, Haemin Sunim nos convida a desacelerar. Nesta resenha, traço um diálogo entre seus ensinamentos e a modernidade líquida de Bauman — dois olhares distintos que, juntos, oferecem abrigo em tempos líquidos e respostas suaves para a pressa que nos engole.

Eloina Santos
há 3 dias
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A Culpa é das Estrelas": Entre o Infinito Particular e a Angústia Universal
Em A Culpa é das Estrelas, John Green aborda o amor e a finitude sob um olhar sensível. A doença, aqui, é símbolo da castração inevitável da vida. Hazel e Augustus revelam defesas psíquicas frente à morte, e é no vínculo entre eles que surge a possibilidade de significar o desejo, a dor e o amor — mesmo diante da falta.

Eloina Santos
há 6 dias
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Ruby Matthews: Entre a Coroa e o Coração
Por trás da pose de rainha, Ruby Matthews revela uma jovem vulnerável, marcada por afetos não ditos e dores silenciosas. Em Sex Education, sua jornada mostra que coragem também é se permitir sentir — e ser vista, sem filtros.

Eloina Santos
7 de mai.
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Como Transformar a Leitura em um Vício Bom (e Não largar Mais)
Imagina que criar o hábito de ler é como cultivar uma plantinha: no começo, você rega devagarzinho, escolhe o vaso certo e torce para ela não morrer. Pois bem, eu mergulhei nessa jardinagem literária e trouxe dicas testadas e aprovadas — inclusive sobrevivi a tentativas de assassinato por redes sociais.

Eloina Santos
5 de mai.
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Tieta do Agreste: Hipocrisia, Redenção e os Segredos que Santana do Agreste Nunca Contou | Resenha Crítica
Ela voltou rica e irreverente para o lugar que a expulsou. Em "Tieta do Agreste", Jorge Amado revela um Brasil onde a moralidade dança conforme o dinheiro toca. Uma crítica feroz e bem-humorada à hipocrisia que nunca sai de moda.

Eloina Santos
2 de mai.
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Pare de se Sabotar e Dê a Volta por Cima – Um Convite à Autocrítica
Vamos lá... imagine um café da manhã rápido: prático, energético, mas que não vai substituir o almoço. Assim é "Pare de se Sabotar e Dê...

Eloina Santos
2 de mai.
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Anora: Quando o Corpo é um Cabaré e a Alma um Quarto Vazio
Ane, de Anora, é a contradição em salto alto: dança em cabarés de Brooklyn como se o corpo vendesse sonhos, mas a alma só acumula troco. Seu caso com um bilionário russo? Apenas mais um "salvador" que tropeça em promessas vazias. Sean Baker a mostra rindo da dor até o glitter escorrer — e no espelho, resta um rosto que nem ela reconhece. A tristeza? Está no cachorro-quente comido às 3h, quando percebe que a fome que sobra não é do estômago. Oscar ou não, Ane é um retrato de q

Eloina Santos
27 de abr.
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Narradores de Javé: Quando Contar Histórias é um Ato de Salvação
O filme expõe o embate entre tradição oral e progresso: os moradores de Javé inventam histórias para salvar o vilarejo da inundação, revelando como narrativas frágeis desafiam a "verdade" imposta pelo poder. A busca por um registro escrito ironiza a burocracia que silencia vozes marginais. A obra critica a violência do desenvolvimento e questiona: a história pertence aos que a vivem ou aos que a registram?

Eloina Santos
26 de abr.
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A Ghost Story: Quando o Tempo Nos Ensina a Respirar
O espectro preso à casa simboliza a fixação melancólica no objeto perdido (Lacan), repetindo traumas em loops eternos. A mortalha branca, véu entre consciente/inconsciente, expõe o luto como prisão: o desejo de reencontro é, paradoxalmente, a negação da morte. O tempo não-linear reflete a psique em luta — fragmentos de memória e angústias não elaboradas. O filme questiona: amar é apego ao que já foi Eu?

Eloina Santos
24 de abr.
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Alice Ayres e o Amor Líquido das Conexões Frágeis
Alice personifica a consciência do amor líquido (Bauman): em um mundo de conexões descartáveis, ela usa pseudônimos e ambiguidade como sobrevivência. Manipula os desejos alheios, expondo a vacuidade das relações, mas sua decisão final — abandonar o jogo — revela um ato de autossalvamento. Enquanto os outros se perdem em ilusões, ela resgata-se ao recusar a falsa profundidade dos afetos. Sua saída silenciosa é um manifesto: a única saída do lamaçal dos amores líquidos é pisar

Eloina Santos
15 de abr.
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Eleanor & Park: Amor Adolescente, Repetição de Traumas e a Busca pelo Outro
Eleanor e Park transborda simbolismos inconscientes: ela, marcada por traumas familiares, projeta no amor uma fuga do real, enquanto ele, em conflito identitário, busca no outro um espelho para sua própria aceitação. O livro explora a adolescência como um "entre-lugar" psíquico, onde desejo e medo se entrelaçam, e o amor opera tanto como cura quanto repetição de feridas. Rainbow Rowell construiu um romance que é menos sobre "encontro" e mais sobre a reconstrução de si através

Eloina Santos
25 de mar.
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Coraline e a porta que toda criança (e adulto) já teve vontade de abrir.
Tem histórias que nos pegam pelo enredo, outras pelo medo. Coraline, de Neil Gaiman, faz os dois, e ainda oferece um banquete simbólico para quem adora refletir sobre o que há por trás das escolhas humanas, especialmente as de uma criança entediada. Coraline não é só uma menina curiosa. Ela é todas as crianças que já quiseram fugir de uma realidade sem graça, cheia de "agora não" e "tô ocupado". E é também todos nós, quando nos deparamos com um mundo tentador... demais.

Eloina Santos
22 de mar.
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Beth Harmon: Xeque-Mate nas Feridas da Alma (Ou Como Encontrar a Si Mesma em 64 Casas)
Beth Harmon é uma genialidade quebrada: o xadrez a salva da solidão, mas aprisiona em uma busca obsessiva por controle. Seus demônios — luto, vício, orgulho — mostram que talento não cura feridas. A redenção vem quando ela entende que o jogo não é sobre vencer, mas sim, parar de jogar contra si mesma.

Eloina Santos
2 de mar.
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