top of page
Buscar


Confissões de uma Irmã de Cinderela: O Espelho Quebrado de um Conto de Fadas
Em “Confissões de uma Irmã de Cinderela”, Gregory Maguire desconstrói o conto de fadas clássico para revelar a complexidade da chamada “vilã”. Um monólogo ácido e sensível, que transforma inveja, culpa e vazio em matéria literária — mostrando que até as sombras merecem ser ouvidas.

Eloina Santos
29 de mai.


Sierra Burgess: Uma Jornada de Máscaras, Espelhos e Selfies da Alma
Sierra Burgess não é uma vilã: é uma adolescente perdida, tentando ser amada enquanto esconde quem realmente é. Seu maior erro? Acreditar que só seria digna de amor se fosse outra pessoa. Através de mentiras, amizades quebradas e tentativas de redenção, Sierra descobre que a identidade é um rascunho, não um produto final. Essa jornada, ainda que dolorosa, é também um convite à autenticidade e ao amor próprio.

Eloina Santos
20 de mai.


Anarquista, graças a mim — relendo Zélia com a mesma fome de quando eu tinha 13 anos de idade
Aos 11 anos, encontrei Zélia Gattai em um único exemplar de biblioteca escolar. Lia no intervalo, como quem visita uma amiga escondida. Anos depois, reencontro essa obra — e comigo mesma. Uma leitura que atravessa o tempo e me lembra que, mesmo nas margens, ainda posso ser tocada por palavras que me pegam pela mão.

Eloina Santos
19 de mai.


"Dias Perfeitos” e a liberdade de ser ninguém importante
Em Dias Perfeitos, Wim Wenders nos apresenta Hirayama, um homem que escolheu viver no silêncio e na rotina. Mas essa escolha, longe de ser vazia, carrega a beleza de uma liberdade autêntica. Inspirado em Sartre, o filme sussurra que ser livre é estar inteiro, mesmo quando a vida parece pequena — e que a grandeza pode estar justamente no invisível.

Eloina Santos
19 de mai.


Coisas que Você Só Vê Quando Desacelera – e o que Bauman murmuraria ao pé do ouvido
Em um mundo acelerado, onde tudo se desfaz na velocidade das notificações, Haemin Sunim nos convida a desacelerar. Nesta resenha, traço um diálogo entre seus ensinamentos e a modernidade líquida de Bauman — dois olhares distintos que, juntos, oferecem abrigo em tempos líquidos e respostas suaves para a pressa que nos engole.

Eloina Santos
14 de mai.


A Culpa é das Estrelas": Entre o Infinito Particular e a Angústia Universal
Em A Culpa é das Estrelas, John Green aborda o amor e a finitude sob um olhar sensível. A doença, aqui, é símbolo da castração inevitável da vida. Hazel e Augustus revelam defesas psíquicas frente à morte, e é no vínculo entre eles que surge a possibilidade de significar o desejo, a dor e o amor — mesmo diante da falta.

Eloina Santos
12 de mai.


Ruby Matthews: Entre a Coroa e o Coração
Por trás da pose de rainha, Ruby Matthews revela uma jovem vulnerável, marcada por afetos não ditos e dores silenciosas. Em Sex Education, sua jornada mostra que coragem também é se permitir sentir — e ser vista, sem filtros.

Eloina Santos
7 de mai.


Como Transformar a Leitura em um Vício Bom (e Não largar Mais)
Imagina que criar o hábito de ler é como cultivar uma plantinha: no começo, você rega devagarzinho, escolhe o vaso certo e torce para ela não morrer. Pois bem, eu mergulhei nessa jardinagem literária e trouxe dicas testadas e aprovadas — inclusive sobrevivi a tentativas de assassinato por redes sociais.

Eloina Santos
5 de mai.


Tieta do Agreste: Hipocrisia, Redenção e os Segredos que Santana do Agreste Nunca Contou | Resenha Crítica
Ela voltou rica e irreverente para o lugar que a expulsou. Em "Tieta do Agreste", Jorge Amado revela um Brasil onde a moralidade dança conforme o dinheiro toca. Uma crítica feroz e bem-humorada à hipocrisia que nunca sai de moda.

Eloina Santos
2 de mai.


Pare de se Sabotar e Dê a Volta por Cima – Um Convite à Autocrítica
Vamos lá... imagine um café da manhã rápido: prático, energético, mas que não vai substituir o almoço. Assim é "Pare de se Sabotar e Dê...

Eloina Santos
2 de mai.


Narradores de Javé: Quando Contar Histórias é um Ato de Salvação
O filme expõe o embate entre tradição oral e progresso: os moradores de Javé inventam histórias para salvar o vilarejo da inundação, revelando como narrativas frágeis desafiam a "verdade" imposta pelo poder. A busca por um registro escrito ironiza a burocracia que silencia vozes marginais. A obra critica a violência do desenvolvimento e questiona: a história pertence aos que a vivem ou aos que a registram?

Eloina Santos
26 de abr.


A Ghost Story: Quando o Tempo Nos Ensina a Respirar
O espectro preso à casa simboliza a fixação melancólica no objeto perdido (Lacan), repetindo traumas em loops eternos. A mortalha branca, véu entre consciente/inconsciente, expõe o luto como prisão: o desejo de reencontro é, paradoxalmente, a negação da morte. O tempo não-linear reflete a psique em luta — fragmentos de memória e angústias não elaboradas. O filme questiona: amar é apego ao que já foi Eu?

Eloina Santos
24 de abr.


Alice Ayres e o Amor Líquido das Conexões Frágeis
Alice personifica a consciência do amor líquido (Bauman): em um mundo de conexões descartáveis, ela usa pseudônimos e ambiguidade como sobrevivência. Manipula os desejos alheios, expondo a vacuidade das relações, mas sua decisão final — abandonar o jogo — revela um ato de autossalvamento. Enquanto os outros se perdem em ilusões, ela resgata-se ao recusar a falsa profundidade dos afetos. Sua saída silenciosa é um manifesto: a única saída do lamaçal dos amores líquidos é pisar

Eloina Santos
15 de abr.


Eleanor & Park: Amor Adolescente, Repetição de Traumas e a Busca pelo Outro
Eleanor e Park transborda simbolismos inconscientes: ela, marcada por traumas familiares, projeta no amor uma fuga do real, enquanto ele, em conflito identitário, busca no outro um espelho para sua própria aceitação. O livro explora a adolescência como um "entre-lugar" psíquico, onde desejo e medo se entrelaçam, e o amor opera tanto como cura quanto repetição de feridas. Rainbow Rowell construiu um romance que é menos sobre "encontro" e mais sobre a reconstrução de si através

Eloina Santos
25 de mar.


Coraline e a porta que toda criança (e adulto) já teve vontade de abrir.
Tem histórias que nos pegam pelo enredo, outras pelo medo. Coraline, de Neil Gaiman, faz os dois, e ainda oferece um banquete simbólico para quem adora refletir sobre o que há por trás das escolhas humanas, especialmente as de uma criança entediada. Coraline não é só uma menina curiosa. Ela é todas as crianças que já quiseram fugir de uma realidade sem graça, cheia de "agora não" e "tô ocupado". E é também todos nós, quando nos deparamos com um mundo tentador... demais.

Eloina Santos
22 de mar.


Beth Harmon: Xeque-Mate nas Feridas da Alma (Ou Como Encontrar a Si Mesma em 64 Casas)
Beth Harmon é uma genialidade quebrada: o xadrez a salva da solidão, mas aprisiona em uma busca obsessiva por controle. Seus demônios — luto, vício, orgulho — mostram que talento não cura feridas. A redenção vem quando ela entende que o jogo não é sobre vencer, mas sim, parar de jogar contra si mesma.

Eloina Santos
2 de mar.
bottom of page