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Anora: Quando o Corpo é um Cabaré e a Alma um Quarto Vazio
Ane, de Anora, é a contradição em salto alto: dança em cabarés de Brooklyn como se o corpo vendesse sonhos, mas a alma só acumula troco. Seu caso com um bilionário russo? Apenas mais um "salvador" que tropeça em promessas vazias. Sean Baker a mostra rindo da dor até o glitter escorrer — e no espelho, resta um rosto que nem ela reconhece. A tristeza? Está no cachorro-quente comido às 3h, quando percebe que a fome que sobra não é do estômago. Oscar ou não, Ane é um retrato de q

Eloina Santos
27 de abr.
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Alice Ayres e o Amor Líquido das Conexões Frágeis
Alice personifica a consciência do amor líquido (Bauman): em um mundo de conexões descartáveis, ela usa pseudônimos e ambiguidade como sobrevivência. Manipula os desejos alheios, expondo a vacuidade das relações, mas sua decisão final — abandonar o jogo — revela um ato de autossalvamento. Enquanto os outros se perdem em ilusões, ela resgata-se ao recusar a falsa profundidade dos afetos. Sua saída silenciosa é um manifesto: a única saída do lamaçal dos amores líquidos é pisar

Eloina Santos
15 de abr.
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Beth Harmon: Xeque-Mate nas Feridas da Alma (Ou Como Encontrar a Si Mesma em 64 Casas)
Beth Harmon é uma genialidade quebrada: o xadrez a salva da solidão, mas aprisiona em uma busca obsessiva por controle. Seus demônios — luto, vício, orgulho — mostram que talento não cura feridas. A redenção vem quando ela entende que o jogo não é sobre vencer, mas sim, parar de jogar contra si mesma.

Eloina Santos
2 de mar.
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