Pare de se Sabotar e Dê a Volta por Cima – Um Convite à Autocrítica
- Eloina Santos
- 2 de mai.
- 3 min de leitura
Atualizado: há 6 dias

Vamos lá... imagine um café da manhã rápido: prático, energético, mas que não vai substituir o almoço. Assim é "Pare de se Sabotar e Dê a Volta por Cima", do Flip Flippen. A obra é como um fast-food literário: sacia a fome de quem busca respostas rápidas para a procrastinação ou aquela autossabotagem que te faz maratonar Netflix em vez de atualizar o currículo. Mas, cá entre nós, será que um livro sozinho consegue desatar os nós emocionais que a gente acumula desde a infância? Vamos refletir juntos!
O Livro que Fala a Língua do Dia a Dia (Sem Enrolação)?
O Flip Flipper não perde tempo com teorias complexas. Ele joga na sua cara frases como "você é o adulto da sua vida" e te desafia a encarar que, sim, aquele hábito de adiar tudo até a madrugada é sua responsabilidade. Os capítulos são curtos, cheios de exercícios tipo "responda em 3 minutos" – perfeito para quem tem a atenção de um esquilo em época de nozes. É útil? Demais! Mas, assim como um tutorial de YouTube, pode te ajudar com o básico.
A Armadilha do "Basta Querer" (e o Perigo das Generalizações)
Aqui entra meu pé atrás: o autor às vezes soa como aquela pessoa bem-intencionada que diz "é só parar de pensar negativo!" enquanto você está enterrado em problemas. A ideia da autorresponsabilidade é poderosa, mas reduzir traumas a "escolhas inconscientes" é como tratar uma fratura com band-aid. Funciona para um arranhão, não para um osso quebrado. E olha, não dá para ignorar que nem todo mundo tem rede de apoio ou saúde mental estável para "virar a chave" sozinho.
A Metáfora do Manual de Instruções (Que Veio Sem Parafusos)
O livro é um ótimo manual para ajustes superficiais: trocar o pneu furado da procrastinação, afinar o motor da autoestima. Mas se o seu carro já está com o motor fundido (ansiedade crônica, depressão), você vai precisar de um mecânico profissional – ou seja, terapia. O Flip acerta ao incentivar a ação, mas peca ao não dizer: "Ei, se não der certo, tá tudo bem pedir ajuda."

Minha sincera e humilde conclusão: reconheço que o livro é uma ferramenta válida, mas não definitiva. Como um start para reflexões leves, ele cumpre o papel. Entendo que obras de autoajuda são como vitaminas: fortalecem, mas não curam doenças sérias.
A singularidade humana é complexa demais para caber em qualquer fórmula pronta. Livros como este são faróis, não portos seguros. Servem para iluminar um ou outro caminho, mas não substituem a coragem de navegar em mar aberto – às vezes com um terapeuta como capitão.
Então, leia. Experimente. Faça os exercícios. Mas se a autossabotagem persistir, lembre-se: buscar ajuda profissional não é fracasso, é inteligência.
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P.S com humildade (e uma gota de ironia):
"Pare de se Sabotar..." é como um GPS que pode te tira do beco, mas não evita o engarrafamento existencial. Use-o, mas não jogue fora o mapa da terapia. Combinado? 😉
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Título: Pare de Se Sabotar e Dê a Volta Por Cima ✦ Autor: Flip Flippen
Páginas: 267 ✦ Ano: 2011 ✦ Editora: Sextante
Eu ainda não li esse livro, em geral o pessoal recomenda bastante. Gostei do seu ponto de vista sincero!!!!!!